Me cobro demais e sou perfeccionista. Logo, eu sofro rs rs. Hoje, por exemplo, acordei 3:33 da manhã depois de longos dias sem insônia.
E o que me fez acordar essa hora e não dormir mais?
O trabalho. Acordei pensando na próxima tarefa, no próximo passo, no próximo projeto, na próxima proposta, na próxima ideia, na próxima mudança. Pensando? Não, acordei me cobrando.
Cobrança pra ser mais produtiva, mais criativa, mais rápida, mais focada, mais concentrada, mais resolutiva, mais segura, mais confiante, mais positiva, mais atenta, mais motivada, mais bem-humorada, mais firme, mais decidida, mais bem-sucedida. Tudo pra ontem.
Soma-se a isso as eternas cobranças pra ser mais saudável e mais bonita, além de mais equilibrada, mais plena, mais serena, mais paciente, mais leve, mais evoluída.
Sempre mais, mais, mais, mais, mais, mais, mais, mais, mais.
É a busca sem fim pelo auto aperfeiçoamento. É o desejo de ser boa em tudo e a sensação de nunca ser o suficiente. É a certeza de que a vida equilibrada é um mito e a tentativa frustrada de equilibrar todos os pratinhos.
É a vontade de agradar todo mundo, mesmo sabendo que vou falhar miseravelmente nessa. É a preocupação com a opinião dos outros e o medo de errar.
É a autocobrança e o perfeccionismo disfarçados de qualidades, quando na verdade são o “combo perfeito” pra ansiedade e frustração.
“Ah, Marcela…mas a gente tem que se cobrar mesmo, dar o nosso melhor, elevar o padrão. Pelo menos é o que devemos fazer se quisermos chegar a algum lugar”.
Eu sei, o problema é a autocobrança sem fim. É a baixa autoestima e a insegurança por trás do perfeccionismo. É a frustração diante das críticas e da falta de reconhecimento. É a ansiedade que tira o sono, é a tensão que não te deixa relaxar.
É aquela pequena vitória que você nem enxerga, muito menos comemora, porque tá focadíssima no fracasso. Aliás, fracassos no plural. E eles te definem, te limitam, te paralisam.
Tomar consciência do quanto isso me afeta foi o primeiro passo pra um movimento de mudança que vem acontecendo de uns anos pra cá, graças à terapia e ao autoconhecimento.
Fico pensando se um dia vou me resolver, mas sei que tô no processo. Até aqui, aprendi que preciso negociar com a minha listinha de tarefas, abandonar planejamentos rígidos, definir metas realistas, abraçar meus fracassos, reconhecer as vitórias e ter paciência, mas muita paciência.
E você, como lida com a sua autocobrança e o seu perfeccionismo? Ou não lida? rs rs O espaço de comentários é todo seu!
Agora vou embora porque os olhinhos tão ardendo de sono aqui. E ainda tenho curso daqui a pouco, acredita? Pra que eu fui inventar mais um curso online, meu Deus? A fonte ($$$) esgotou, o HD tá cheio, não cabe mais nada…
Mas já era, não tem como desistir agora. E vai valer a pena – tô sentindo! Mas depois que acabar, CHEGA DE CURSO ONLINE. Mais nenhum até o início do ano que vem. Publique-se. Registre-se. Cumpra-se. E você é minha testemunha. rsrs
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