A Marisa Monte voltou mudando o meu dia

Hoje acordei borocoxô, em marcha lenta e me esforçando pra ser produtiva. E assim fiquei até ouvir Marisa Monte. Ela voltou. E voltou mudando meu dia. Ver Marisa Monte lançando um álbum inédito depois de 10 anos é inspiração pura.

É simbólico demais pra mim. É sobre pausas e recomeços. É sobre respiro e silêncio. É sobre início e fim. É sobre plantio e colheita. 

É sobre espera. A música-título do novo álbum, “Portas”, foi composta há mais de cinco anos. Só agora foi lançada. Dá pra você? Em tempos de tanta ansiedade, ninguém espera tanto tempo assim pra um lançamento. Ninguém quer deixar nada pra amanhã. 

Ninguém quer correr o risco de ser esquecido. Ninguém quer perder likes e views. Ninguém quer sair das redes sociais “para entrar em um período de trabalhos internos”. 

Mas acredite: foi isso mesmo o que a Marisa Monte fez em 2019, quando postou pela última vez no Instagram: 

marisa-monte A Marisa Monte voltou mudando o meu dia

Agora ela volta com o buquê maravilhoso: um álbum inédito que está no TOP 100 dos mais vendidos do Itunes nos Estados Unidos. Essa é a melhor colocação de uma artista brasileira no ranking. Essa é a Marisa Monte. 

Nem parece que 10 anos se passaram, parece? A voz, a aparência, a essência, o cabelo, o jeito reservado, a leveza, as parcerias, o violão, a percussão – tá tudo no disco novo.

E também não faltou música pra ouvir mil vezes sem parar. Pra mim é “Portas” – tô ouvindo agora pela…..sei lá, décima vez seguida? Não sei, só sei que viciei. Na melodia e no significado da música. 

marisa-monte A Marisa Monte voltou mudando o meu dia

Pra mim, as portas simbolizam os caminhos possíveis e as pequenas e grandes escolhas da vida. E como é difícil escolher, né? São tantas possibilidades, tantos medos, tantas dúvidas, tantos riscos…

A gente não quer errar. A gente quer tomar a decisão certa. Quer escolher o melhor caminho, sem se arrepender, sem olhar pra trás. Escolher e sair carregando nossas certezas nas costas.

Mas como diz a música, “todas as portas dão em algum lugar. Não tem que ser uma única, todas servem pra sair e pra entrar. É melhor abrir pra ventilar esse corredor“. 

Esse último trecho é tão simbólico pra mim. É como se a tomada de decisão fosse um respiro de alívio, sabe? Alívio por decidir e não adiar. Alívio por comunicar a nossa decisão ao mundo. Alívio por simplesmente escolher.

Alívio, alívio, alívio. É o que sinto quando tomo as grandes decisões. Porque elas doem. Elas demoram. Elas amadurecem. Elas transformam. Elas pesam. 

Como foram difíceis as grandes decisões que tomei nos últimos anos. Difícil tomar e bancar cada uma. Difícil olhar pra trás e me perguntar se eu tomei a decisão certa. Difícil caminhar rumo ao desconhecido. Difícil ouvir que foi escolha minha. Difícil assumir que foi mesmo.

Difícil esperar as respostas. Será que elas vêm com o tempo ou a gente nunca vai saber se fez as escolhas certas? Não importa, todas dão em algum lugar.  

Para ouvir o álbum completo, clique aqui. Se já ouviu, me conta qual é a sua música preferida? Deixe o seu comentário aqui embaixo! 

 

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